sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Do coração à mente.


Nada é o fim. Tal como na natureza, tudo se transforma. É assim que uma infindade de sentimentos convergem, mesmo aqueles que procuram escapar á lógica e fugir rumo ao conforto do coração. O desejo ergue as armas e a paixão desencadeia a revolta da luta desvairada que se trava. O querer torna-se a mágua de um objectivo inatingível e a incapacidade torna-se o tormento de não ter forças para lutar. Este campo de batalha tão minado e calcado que desfaz em pedaços uma esperança já extinta, uma esperança que poucos têm! Eu tinha. As lágrimas caem em pedaços, como se de estilhaços se tratassem, fragmentos de um coração transparente, e frágil! Lágrimas que só caem uma vez, e que se juntam a um mar de lembranças, que correm rio abaixo. São lágrimas que só caem uma vez e que nem o sol as apanhará. Não existe maior tentação que o querer, nem maior tristeza que o perder. Joguei todas as granadas, eliminei todos os intrusos, mas calquei muitas minas. Se estou ferido? Não. Foi apenas um episódio, ficção que o coração gosta de fazer, e que eu aplaudo. Continuo aqui, firme, seguro e audaz, pronto para continuar uma nova história e revelar do que sou capaz.