sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Do coração à mente.


Nada é o fim. Tal como na natureza, tudo se transforma. É assim que uma infindade de sentimentos convergem, mesmo aqueles que procuram escapar á lógica e fugir rumo ao conforto do coração. O desejo ergue as armas e a paixão desencadeia a revolta da luta desvairada que se trava. O querer torna-se a mágua de um objectivo inatingível e a incapacidade torna-se o tormento de não ter forças para lutar. Este campo de batalha tão minado e calcado que desfaz em pedaços uma esperança já extinta, uma esperança que poucos têm! Eu tinha. As lágrimas caem em pedaços, como se de estilhaços se tratassem, fragmentos de um coração transparente, e frágil! Lágrimas que só caem uma vez, e que se juntam a um mar de lembranças, que correm rio abaixo. São lágrimas que só caem uma vez e que nem o sol as apanhará. Não existe maior tentação que o querer, nem maior tristeza que o perder. Joguei todas as granadas, eliminei todos os intrusos, mas calquei muitas minas. Se estou ferido? Não. Foi apenas um episódio, ficção que o coração gosta de fazer, e que eu aplaudo. Continuo aqui, firme, seguro e audaz, pronto para continuar uma nova história e revelar do que sou capaz.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

destino

Sabes qual é o erro que cometemos sempre? Acreditar que a vida é imutável. Acreditar que mal escolhemos um carril, temos de o seguir até ao fim. Contudo, o destino tem muita mais imaginação que nós. Precisamente quando se pensa que se está num beco sem saída, quando se atinge o caminho do desespero ... com a velocidade de uma rajada de vento, tudo muda, tudo se transforma e , de um momento para o outro, damos por nós a viver uma nova vida ...

domingo, 14 de novembro de 2010

Ilusão ?


É estranho poder contar as estrelas mesmo quando não as vejo. Como se chama isso? não é fobia, não é falta de visão, e muito menos loucura. Chamar-lhe-ia ilusão, nada do que eu vejo, é visto pelos dois, e quem sabe, por mais alguém. sinto-me a dormir, ou a sonhar acordada e não saber o que seguir. Dou por mim a decifrar códigos com mais de 6 algarismos que não servem para nada. Não abrem portas, janelas, caminhos de alcatrão, só terra batida. O mais engraçado é poder olhar para os teus olhos, e sentir aquele calor tão acolhedor, que me faz sentir a rapariga mais sortuda do mundo, só mesmo por te conhecer, só mesmo por te poder ver, só mesmo por ter meros minutos com os meus olhos direccionados aos teus. Se são reflexos que nos culminam, o que é o nosso coração quando fala com o seu tom imperial? como se chamam aqueles rios de lágrimas vermelhas direccionados por todo o meu corpo numa batida de um tambor dançante à voz e à luz do luar?


São tantas as vezes que tento escrever o teu nome no chão, mas nunca fica intacto e para sempre

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Caminho da vitória


Desafio e luto. Desafio e entrego-me. Desafio e não desisto. Desafio o meu ser, e retiro dele o que de melhor tem. Procuro dourar a aura que me envolve e libertar a força que insiste em esconder-se. Revelo me ao mundo e dele nada espero, apenas espero reconhecer-me, descobrir quem sou e qual o meu papel. Vagueio como milhões mas destaco-me como ninguém, faço a diferença do antes e do depois, vingo a minha vontade sem receio e escolho sem apontar o dedo. Largo as vestes escuras e frias e lanço-me. Não vejo motivo para não acreditar na minha caminhada, não vejo motivo para desacreditar no meu interior, não vejo motivo para levantar a bandeira branca. Vejo um ser sensivel, vejo um ser racional, um ser que age com os estimulos, um ser que começa a brilhar, um ser que emerge, um ser forte! A força motriz do meu querer e a vontade de o fazer não dão aso a qualquer atrito, jamais saberei falhar, e falhar jamais constará no meu dicionário. Não espero que o mundo me retribua o meu esforço, mas espero que do meu esforço nasça uma ave, uma ave que voe bem alto e não tema perder as asas. Uma ave cheia de orgulho e de realização. Não quero voar, nem quero ser mais que ninguém, quero apenas sentir que faço parte de mim e que jamais me perderei. Luto todos os dias, e cada dia é menos uma milha para o cume. Tenho forças? Eu sou a força.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

!

Não se ama pelas qualidades, nem por isto ou por aquilo. Ama-se simplesmente, e sobretudo ama-se, apesar deste e daquele defeito... Porque o amor, quando é a sério, sai-nos por todos os poros, até quando estamos calados ou a dormir.
Eu tentei, dei tudo de mim. Mas tu não viraste as costas apenas ao nosso amor, viraste-as à nossa amizade, uma amizade que eu jamais te implorei, que partiu de iniciativa tua. Agora é tarde demais, agora mesmo que corresses atrás do meu caminho eu iria dizer-te que entre atalhos da vida escolhi aquele em que tu não estás presente, porque a tua ausência constante fez-me compreender que o teu sorriso me mata demasiado para conviver com ele diariamente e mata-me ainda mais fingir aceitá-lo tão bem como aceitei o teu coração. São escolhas meu amor, são escolhas na vida que devemos fazer, tu tiveste a liberdade de fazer a tua escolha e eu deixei. Inicialmente baralhaste-me, cruzaste as minhas ideias e fizeram um nó, não na cabeça, no coração. Estavas presente e depois ausentavas-te de repente, como se fosses um soldado. Sempre soube que o amor era uma guerra mas desta eu saí ferida e pisei um campo de batalha demasiado perigoso, do qual tu fugiste ileso, até que te ausentaste de vez, ganhaste a guerra e eu tive que desmanchar o nó que tu fizeste. Mas entre nós e batalhas, o meu coração já não é a tua casa, e sabes uma coisa? Mudei a fechadura.

terça-feira, 22 de junho de 2010

folhas da vida


(...) Não esperava que aquele dia chegasse, mas a verdade é que chegou. O dia da tua partida. Tinha nos imaginado sempre lado a lado um do outro, e agora imaginar-me sem ti, seria como estar em pleno deserto sem água para beber. Tu eras a minha fonte de sede, era de ti que eu precisava para sobreviver. E no entanto, não ligaste ás pegadas que o meu coração seguia, não as seguiste e perdeste-te. Talvez tenha sido a falta de confiança que nos fez chegar ao fim do poço, e que nos tenha posto em caminhos diferentes. Não sei explicar ao certo o que foi. Mas que foi algo, foi. Agora sentada aqui, observo a lua e as suas estrelas, e lembro-me, como era bom quando aqui estavas comigo a fazer o mesmo, e me deitavas sobre ti, e beijavas a minha testa. O teu beijo, sempre foi aquele que me apertava o coração. E que conseguiu criar dependência em mim. O nosso amor foi forte, enquanto durou, sei que o foi. E foi quando juramos eternas juras de amor, que soubemos que isso nunca se concretizaria. Não me perguntes porquê, mas sei que foi assim. Connosco nunca houve causas, nem pontos bases. Apaixonamo-nos, porque era assim tinha que ser. Mantemo-nos juntos, quando era isso que nos fazia bem. E agora estamos separados, porque sempre foi assim que esteve escrito. Não tenho que te culpar por nada. Não faz sentido e não seria justo para ti. Estou agora a escrever-te, porque quero fechar este capítulo da minha vida. E é assim que o quero encerrar, com as palavras que nunca te consegui dizer. Consegui amar-te desta forma, que para mim, hoje nem faz sentido. Mas sei que existiu, e que foi contigo que quis que fizesse o maior sentimento. Não me procures. Não me voltes a escrever. Não voltes ao nosso sítio, porque eu não estarei lá mais. As palavras que disse-mos , esquecias porque não me quero lembrar mais . Os teus presentes queimei-os, sem dó nem piedade, como foi com a tua partida. Conseguiste deixar-me para trás, sem olhar para trás. E foi em ti, ao nosso amor onde fui arranjar coragem para fazer tudo o que fiz. Agora, quando me perguntarem por ti, o que foi feito de nós, e ao nosso amor, ao qual chamavam louco e inconsciente, vou apenas responder, que os nossos caminhos se separaram, e que tu foste apenas mais uma personagem na minha vida e que a peça de teatro continua. Peço-te, por fim, que um dia quando as nossas memórias te assombrarem, te lembres do que um dia me disseste “ Na vida, tudo tem um início, um meio e um fim. O nosso não sei quando será, mas sei que chegará na melhor altura. Lembra-te nada é eterno, mas quando é verdadeiro dura o tempo necessário para se tornar inesquecível.” E é assim que acabo esta última folha do caderno que me ofereceste, no dia em que completamos um dos nossos meses de namoro. As folhas e a tinta acabaram, e com eles acabamos nós também. Hoje abre-se mais, uma nova página da minha vida, noutro caderno com outra caneta de outra cor e eu vou continuar a escreve-la, sem ti. (...)

O texto não é verídico, só quis escrever sobre aquilo que me apetecia.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Choro de cebola


Por uns, um título sugestivo, por outros não, temos pena, como já se dizia à long time ago, não se pode agradar a gregos e troianos. Bem, uma breve explicação sobre isto, é um choro aparentemente sem razão, mas sofredor.

A incontornável lágrima flui pelo rosto já conhecido, por tantas outras já lá passaram, esmorecida pelo destino que vai ter. Pobre lágrima à qual não tem culpa e a quem o destino não lhe merece. . . Tudo por sentimentos, essa palavra que pode ser tão linda, que proporciona momentos de grande felicidade, mas como tudo, tem o seu oposto, por vezes, mais temível que qualquer outra coisa que se possa imaginar. Não conseguimos deixar de tentar, mas ficamos fartos de tantas tentativas fracassadas, desiludidos com a vida, pelo rumo que ela toma, e que nós, como comandantes do nosso próprio barco, somos obrigados a ir. Furiosas são as lágrimas caídas que me levam por estes sítios, lágrimas e mais lágrimas, que provocam mares e rios enfurecidos pelo destino que tiveram. Revoltadas, levam me para um sítio confuso onde só elas percebem, tão nebuloso que me fazem lembrar o porquê de todas as lágrimas caídas.